APRESENTAÇÃO:



A Paróquia Divino Espírito Santo e a Irmandade do Divino Espírito Santo de Barra Velha apresenta esse espaço que tem por objetivo divulgar a principal festividade folclórico-religiosa de Barra Velha, a Festa do Divino. Nesse espaço você poderá conhecer a história da festa, preparativos, agenda das bandeiras do peditório, novena e muitas informações sobre a grandiosa Festa do Divino que ocorrerá entre os dias 25 de maio a 09 de junho de 2014.


Envie depoimentos ou fotografias sobre a Festa do Divino para o e-mail:

julianobernardes@yahoo.com.br

FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO DE BARRA VELHA:
A TRADIÇÃO SE RENOVA!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O DIVINO EM BARRA VELHA




O DIVINO EM BARRA VELHA



A Bandeira do Divino
Os devotos do Divino, vão abrir sua morada, pra bandeira do menino, ser bem-vinda, ser louvada. Deus vos salve esse devoto, pela esmola em vosso nome, dando água a quem tem sede, dando pão a quem tem fome. A bandeira acredita, que a semente seja tanta, que esta mesa farta, que esta casa seja santa. Que o perdão seja sagrado, que a fé seja infinita, que o homem seja livre, que a justiça sobreviva. Assim como os três reis magos, que seguiram a estrela guia, a bandeira segue em frente, atrás de melhores dias. No estandarte vai escrito, que ele voltará de novo, e o rei será bendito, ele nascerá do povo. (Ivan Lins)


A história oficial diz que os festejos ao Divino Espírito Santo em Barra Velha, foram organizados pela família de Joaquim Alves da Silva, considerado o fundador de Barra Velha, há, aproximadamente, dois séculos. A tradição oral enfatiza que Dom Pedro II e a Imperatriz Dona Thereza Christina, em visita à Província de Santa Catarina em 1845, foram convidados a participarem dos festejos em Barra Velha. Na impossibilidade de comparecer, o Imperador enviou um casal de nobres para representá-los. As fontes documentais, indicam a ocorrência da Festa do Divino Espírito Santo em Barra Velha, desde 1918, sob os cuidados da família Borba, entretanto, sabe-se que sua origem é mais remota.   
Os familiares do Sr. Sinval Moura (in memorian) foram os “guardiões” dos símbolos das festas anteriores a 1918. Uma pombinha de metal e um  estandarte de veludo vermelho onde está bordado o Espírito Santo. 





Atualmente, essas peças, podem ser visitadas na Matriz de Barra Velha, juntamente com as coroas e bandeiras utilizadas nas festas atuais. As fontes documentais e orais a partir de 1918, tornam-se mais precisas, quando o senhor Pedro Francisco Borba Coelho (in memoriam) assumiu a responsabilidade da realização das festas e zelo pelos símbolos, tradição mantida pelas novas gerações. Desde 1918, somente em 1940 (II Guerra Mundial) e em 1990 (falecimento do Pároco Frei Libório) a Festa não foi realizada.
A Festa do Divino é marcada por uma profunda religiosidade popular. Todos os anos, aproximadamente nos dois meses que antecedem a Festa, as bandeiras (uma azul e outra vermelha) percorrem os municípios de Barra Velha e São João do Itaperiú. 





Primeiramente os fogos e o tambor anunciam que as bandeiras, juntamente com os foliões, carregadores das bandeiras e devotos se aproximam. A visita das bandeiras às famílias geram uma grande emoção, principalmente nos mais velhos. Os foliões entoam suas cantorias, uma oração é realizada, a oferta é entregue e o convite para os festejos marca a passagem das bandeiras nas famílias. Ocorrem também as novenas preparatórias que, de alguma forma, lembram as antigas festividades onde “tudo era gratuito”. Após as celebrações, os noveneiros (instituições do município) oferecem uma janta aos participantes das novenas.
Seguindo o calendário litúrgico, a Festa ocorre junto à celebração do Pentecostes e, por três dias, Barra Velha vive um clima diferente: é a Festa do Divino. As procissões com o cortejo imperial, empregados de vela, alferes das bandeiras, trinchantes das coroas, Imperador e Imperatriz, foliões, celebrantes e devotos do divino, envoltos numa rica simbologia, sendo o ápice das procissões e celebrações a coroação dos Imperadores. 









Quando o cortejo segue para a “Casa do Império” a festa ocorre nos arredores da Igreja e proporciona encontros e reencontros da comunidade barravelhense e visitantes. Na segunda-feira, feriado municipal, encerra-se o ciclo do divino, quando o cortejo segue para a Casa do Império e posteriormente levada para a Matriz, onde permanecerá para visitação pública até o ano seguinte, quando o ciclo recomeça: as portas se abrem, os fogos e o tambor anunciam, pois o divino vem chegando e que assim seja por muitas gerações.  


Por Juliano Bernardes

Historiador e Professor

Diretor Cultural da Irmandade do Divino Espírito Santo e Diretor de Cultura da Prefeitura Municipal de Barra Velha

julianobernardes@yahoo.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário